Você sabe o que significa estádios fenológicos? Representa o estudo das fases de crescimento de uma planta. Sendo assim, conhecer os estádios fenológicos da soja é essencial para uma colheita de qualidade.

Isso porque, compreender as características e necessidades de cada fase do desenvolvimento da soja é o caminho para tomar a decisão certa no momento certo para um manejo eficiente de pragas, doenças e adubação.

Pensando nisso, neste artigo você confere quais são os estádios fenológicos da soja e principais características e boas práticas para cada ciclo. Boa leitura!

Fases de desenvolvimento da soja

Os estádios fenológicos da soja são divididos em vegetativo e reprodutivo. Sendo que, o estádio vegetativo é representado pela letra V e o reprodutivo pela letra R.

O estádio vegetativo é a fase em que a planta está crescendo e produzindo folhas, já o reprodutivo é quando as flores, vagens e grãos se formam, demarcando o período de florescimento-maturação.

Existes subdivisões dentro de cada estádio para definir melhor as peculiaridades de cada fase do desenvolvimento que são designadas por números ou letras após o V ou R.

Estádios vegetativos

VE: Primeiro estádio da soja, é a fase de emergência da plântula, com os cotilédones acima do solo no ângulo de 90° ou mais. Em condições climáticas ideais, dura de 4 a 7 dias. É o momento de analisar a qualidade do tratamento de semente utilizado.

VC: Fase em que os cotilédones já estão totalmente abertos e as bordas das folhas unifoliadas não se tocam. Começa também a formação de colônias de bactérias fixadoras de nitrogênio que vão formar nódulos posteriormente.

Plântulas de soja em estádio VC / Fonte: Embrapa

V1: É quando surge o primeiro nó foliar na planta, as folhas unifoliadas estão totalmente desenvolvidas e os bordos dos folíolos da primeira folha trifoliada não se tocam mais.

V2: Aparece o segundo nó foliar e o primeiro trifólio está totalmente desenvolvido. Os nódulos se tornam visíveis nas raízes e iniciam a fixação de nitrogênio.

Vn: A planta segue o seu ciclo de desenvolvimento vegetativo até o aparecimento da primeira flor. “N” representa a sequência da evolução (V1, V2, V3, V4, V5, V6…Vn). A evolução é demarcada pelo surgimento dos nós e desenvolvimento das folhas trifoliada.

estádios vegetativos da soja_embrapa

Fonte: Embrapa

Estádios reprodutivos

R1 e R2: As duas primeiras fases reprodutivas é de florescimento. Começa com uma flor aberta em qualquer lugar na haste principal seguido do pleno florescimento.

R3 e R4: Estádios de desenvolvimento da vagem. R3 é caracterizado por vagens de 5mm de comprimento em um dos quatro últimos nós da haste principal. Já R4 é quando a vagem alcança os 2cm em um dos últimos quatro nós da haste principal.

R5: Fase em que se inicia o enchimento dos grãos com a translocação da matéria seca e nutrientes da parte vegetativa para os grãos. Esse estádio é subdividido em:

  • 1: granação de 10%;
  • 2: granação de 11% a 25%;
  • 3: granação de 26% a 50%;
  • 4: granação de 51% a 75%;
  • 5: granação de 76% a 100%.
Evolução da fase R5

Evolução da fase R5. / Fonte: Ritche et al, 1977

R6: Grãos verdes já cheios e desenvolvido. Da floração até está fase leva cerca de 25 a 35 dias.

No R5 e R6 o clima impacta diretamente da produtividade e qualidade dos grãos. Seca atrapalha o desenvolvimento dos grãos e geada reduz a produção.

R7 e R8: Estádios de maturação. O R7 começa quando ao menos uma vagem na haste principal tem a coloração de madura (marrom ou palha). O último estádio de desenvolvimento é o R8 que se caracteriza pela maturação plena, com 95% das vagens já maduras.

Apesar do R8 ser considerado a última fase de desenvolvimento da soja, após atingir esse estádio, o produtor deve aguardar alguns dias para realizar a colheita para que os grãos alcancem a umidade ideal de 13% a 15%.

Estádios fenológicos da soja

Estádios Fenológicos da soja / Fonte: Elevagro

Tipos de crescimento

Embora exista uma sequência padrão no desenvolvimento, existem diferentes tipos de crescimento entre as cultivares de soja, sendo: determinado, semi-determinado e indeterminado.

O crescimento determinado é caracterizado por:

  • A planta de soja desacelera o seu crescimento após o início do florescimento e não ramifica mais;
  • Florescimento é simultâneo em toda a planta, bem como o desenvolvimento das vagens e grãos;
  • Tamanho das folhas é padrão em toda a planta.

O crescimento indeterminado tem as seguintes características:

  • O crescimento da planta continua após o florescimento;
  • O florescimento acontece de baixo para cima da planta;
  • Desenvolvimento reprodutivo sem padrão, podendo existir vagens na parte de baixo e flores no topo ao mesmo tempo;
  • Folhas superiores são menores que em outras partes da planta.

As cultivares do tipo semi-determinado apresentam atributos tanto do tipo determinado quanto do indeterminado.

Principais pragas em cada fase de desenvolvimento da soja

Em cada fase, a planta fica sensível à diferentes pragas. Por isso, conhecer as características de cada estádio de desenvolvimento da soja é fundamental para a realização de um planejamento eficaz ao longo da safra.

Nos estádios iniciais o produtor deve se atentar às pragas de solo. Essas pragas atacam logo após a emergência e podem causar o tombamento da planta.

A partir do surgimento das primeiras folhas, as lagartas podem começar a aparecer na lavoura. Já o percevejo é a praga que causa maior impacto no período de desenvolvimento das vagens e grãos.

Pragas da soja

Pragas da soja de acordo com os estádios de desenvolvimento. Fonte: Brasmax.

Conclusão

Neste artigo você entendeu mais sobre as principais características de cada estádio da soja. Saber isso é fundamental para um manejo de qualidade da lavoura.

Entender o ciclo de desenvolvimento da soja significa ter tempo e conhecimento para se preparar para possíveis adversidades, sendo que, é mais fácil montar um planejamento conhecendo as fragilidades de cada momento do cultivo, não é mesmo?

E você, está preparado? Já fez todo o planejamento da safra e está acompanhando de perto? Conta para a gente!

Fonte: Embrapa, Aegro, Iowa State  University, Elevagro

Refletindo a colheita de uma safra recorde no primeiro semestre, a exportação da soja brasileira deve chegar a 5,15 milhões de toneladas em novembro. O volume representa um crescimento de 168% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais).

Saiba mais acessando o portal Forbes.

A safra 2023/24 vai ter como plano de fundo o fenômeno climático El Niño.

De acordo com o último relatório da Administração Norte Americana de Oceano e Atmosfera (NOAA), o El Niño deve seguir impactando o clima global até abril de 2024.

No Brasil, o fenômeno vai ser intenso entre novembro e janeiro, trazendo temperaturas acima da média em todo o país.

Pensando nisso, neste artigo você vai conferir o que é e como ocorre esse evento climático, como ele afeta o Brasil e a agricultura, além de dicas para reduzir os efeitos negativos no campo.

O que é o El Niño?

O El Niño acontece quando as águas do Oceano Pacífico Equatorial aquecem +0,5°C acima do normal. O fenômeno ocorre a cada 2 a 7 anos e dura de 9 a 12 meses, de acordo com a NOAA.

Pode até parecer uma variação pequena de temperatura, mas tem o poder de causar grandes impactos no clima, alterando padrões de chuvas e temperaturas no mundo todo, provocando inundações em algumas regiões e condições de secas em outras áreas.

El Niño impacta o clima em todo o mundo.

Impacto do El Niño no mundo. Dry significa região com tempo mais seco, e Wet, região que predomina volume de chuva acima do normal. Fonte: NOAA

Como o El Niño afeta o clima no Brasil?

O Brasil é um país com uma grande extensão de terra, por isso, podemos observar diferentes impactos ao longo de todo o território brasileiro.

O único ponto de intersecção que liga todas as regiões do país são as temperaturas acima da média em época de El Niño.

Na região sul o fenômeno provoca o aumento do volume de chuvas. Já na região norte e nordeste predomina a seca, com precipitações abaixo do normal. Na região Centro-Oeste as chuvas caem de forma irregular acompanhadas de um intenso calor.

Como o El Niño impacta a agricultura?

O clima é o principal fator que influência a agricultura. Tanto que, o calendário agrícola é organizado de acordo com as estações do ano, de acordo com a necessidade de cada cultivo. Sendo assim, o El Niño tem grande impacto na agricultura.

Como já mencionado, o fenômeno pode provocar irregularidades nas precipitações e temperaturas.

Chuvas excessivas e inundações são prejudiciais para as lavouras, pois, podem danificam plantações, causar estragos nas infraestruturas agrícolas, como silos e equipamentos, e até paralisar o transporte nas estradas.

Por outro lado, a falta de chuva e as altas temperaturas impactam negativamente na germinação, desenvolvimento e, consequentemente, produtividade do cultivo.

Por exemplo, após o plantio, a soja precisa de água para nascer. Se não houver uma sequência de chuva após colocar a semente no solo, existem grandes chances da semente ou planta morrer e o produtor precisar fazer o replantio.

Além do mais, o aumento das temperaturas em época seca associado ao aumento das chuvas e umidade favorecem o aparecimento de doenças fúngicas, insetos e patógenos.

Diante disso tudo, podemos afirmar que o principal impacto do El Niño à agricultura é o potencial em alterar todo o planejamento de uma safra.

Dicas para ter bons resultados no campo em ano de El Niño

  • Faça o planejamento agrícola com base nas previsões meteorológicas e acompanhamento do progresso do El Niño;
  • Não semear em solo encharcado ou extremamente seco;
  • Plante sementes tratadas e resistentes às condições da sua região;
  • Em situações de solo mais seco, a semeadura um pouco mais profunda pode auxiliar a planta fixar suas raízes em um local com maior disposição de água;
  • Realize a colheita assim que a cultura estiver com a umidade adequada, evitando o risco de perdas, seja por excesso ou falta de chuva.
  • Práticas como plantio direto e rotação de culturas protegem o solo de fatores climáticos adversos;

Conclusão

O El Niño é um desafio para os produtores rurais devido à sua capacidade de alterar as condições meteorológicas esperadas para determinado período e região.

A chuva que é esperada para o plantio pode demorar a chegar ou até chegar antes da hora em altos volumes.

Entretanto, existem boas práticas para enfrentar o El Niño e reduzir os impactos negativos, sendo que o principal é acompanhar a previsão do clima e o progresso do fenômeno.

Nós queremos saber, como o El Niño tem impacto a sua produção? Conta para a gente!

Fonte: Embrapa, Administração Norte Americana de Oceano e Atmosfera (NOAA)

O produtor rural enfrenta diversos desafios no campo. Nesse cenário, os defensivos agrícolas são aliados na proteção de lavouras contra o ataque de pragas.

São considerados defensivos tanto produtos de origem química quanto biológica.

Para alcançar bons resultados e garantir a segurança à saúde e ao meio ambiente, as aplicações do produto devem seguir as boas práticas agronômicas, respeitando as orientações da bula do produto.

É importante lembrar que defensivos agrícolas funcionam como remédios para as plantas. Sendo assim, da mesma forma que precisamos de uma receita médica para comprarmos remédios quando estamos doentes, para a aplicação de defensivos é necessário a prescrição de um responsável técnico legalmente habilitado.

O uso incorreto pode gerar a resistência da praga aos ingredientes ativos do defensivo agrícola, situação que gera o aumento do custo de produção e pesa no bolso do agricultor.

Pensando em tudo isso, neste artigo levantamos os principais tipos e dicas para uma aplicação eficaz.

Tipos de defensivos

Existem diferentes tipos de defensivos agrícolas no mercado e o comum é serem classificados de acordo com a praga que combatem.

Fungicidas

Realiza o controle de fungos causadores de doenças em plantas. Eles podem ser de contato, mesotêmicos e sistêmicos.

Como o nome diz, fungicidas de contato não penetram nas plantas, ficando apenas na superfície. Sendo assim, não é indicado em casos de doenças em estágio severo.

Os tipos mesostêmicos, ao ser aplicado na folha, consegue translocar para o outro lado, protegendo os dois lados da folha, entretanto, não consegue chegar em toda a planta.

Fungicidas sistêmicos são móveis na planta, ou seja, eles são absorvidos no local de aplicação, mas podem ser translocados pela planta.

Inseticidas

São usados para combater insetos que prejudicam a lavoura. A ação pode ser por contato direto com o inseto, por ingestão ou fumigação.

O modo de ação varia para cada produto, podendo atacar o sistema nervoso e muscular, ou até mesmo afetar o desenvolvimento da praga, entre outros modos.

Acaricidas

Substâncias químicas usadas para o controle de ácaros que se alimentam de plantas.

Até existem alguns inseticidas que são eficientes no combate dos ácaros, entretanto, por ser um organismo com particularidades e classificados como aracnídeos, ao depender da situação, é preciso de produtos específicos.

Herbicidas

Utilizado para o controle de ervas daninhas.

Os produtos podem ser classificados como seletivo, que é quando o cultivo comercial possui tolerância ao herbicida, ou não seletivo, que é quando a aplicação tem efeito em todas as espécies de plantas.

Também são classificados em função da época da pulverização, podendo ser pré-plantio, pós-plantio, pré-emergência ou pós-emergência.

Bactericidas

Apesar de não serem tão comuns em grandes culturas, é válido destacar o uso de bactericidas. Sua função é eliminar bactérias de determinado ambiente, além de proteger o ambiente de contaminações.

Classificação toxicológica

Para ser aplicado em uma lavoura, o defensivo deve ser registrado no MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária). Se usados de forma inadequada, os defensivos ainda oferecem riscos. Sendo assim, é de extrema importância seguir as recomendações do rótulo e do responsável técnico legalmente habilitado.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão que regulamenta a classificação toxicológica no Brasil, que é feita por cores.

Classificação Toxicológica - Anvisa

Classificação Toxicológica – Anvisa

Dicas para uma aplicação eficiente de defensivos agrícolas

Cuide da segurança e use EPI

Além de seguir todas as recomendações do rótulo e do engenheiro agrônomo responsável sobre dosagens e prazos de aplicação, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é mais do que fundamental, é obrigatório por lei.

Viseira, respirador, jaleco, avental, luva e calça são equipamentos que evitam o risco de contaminação do profissional que trabalha com pulverizações agrícolas.

Fique atento ao clima

Fatores climáticos impactam diretamente nos resultados e eficiência das aplicações, por isso é fundamental ficar atento.

O ideal é que a pulverização seja realizada nos momentos mais frescos do dia, com a temperatura máxima de 30°C e umidade do ar acima de 60%. Dessa forma, o risco de evaporação das gostas de pulverização é reduzido.

Em relação à velocidade do vento, a condição ideal é entre 3Km/h e 8Km/h. Velocidade superior a essa favorece a deriva das gostas, enquanto, abaixo, existe o risco de as gotas ficarem suspensas no ar e não chegarem no alvo.

Lembrando que essas são orientações gerais da Embrapa. Sendo que, cada defensivo possui recomendações especificas sobre a sua aplicação.

Escolha o produto certo

É importante escolher o defensivo adequado para a praga a ser combatida. Como levantado acima, existem diversos defensivos que são diferenciados de acordo com o alvo que atacam.

Sendo assim, antes de aplicar, é importante identificar a praga que está causando danos na lavoura.

Aplicar produto errado significa não ter sucesso no controle da doença ou praga e maior gasto financeiro com uma reaplicação e/ou perdas na produtividade do cultivo.

Otimize a aplicação

É verdade que os defensivos agrícolas são aliados do produtor rural para o combate de pragas e doenças, entretanto, é um insumo caro e que apresenta riscos se usado de forma errada.

Diante disso, existem boas práticas que reduzem a necessidade do uso desses produtos, diminuindo os custos de produção, ao mesmo tempo que beneficia o meio ambiente.

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma prática que tem demonstrado bons resultados para a redução de aplicação de defensivos na lavoura.

Além disso, a agricultura de precisão aliada ao digital permite a otimização do manejo. Visto que, novas tecnologias agrícolas permitem identificar a necessidade e quantidade exata de aplicação em determinada área.

Conclusão

Você entendeu um pouco mais sobre a importância da aplicação de defensivos agrícolas e viu que eles são categorizados de acordo com o tipo de praga que combatem.

São fundamentais para bons resultados no campo, entretanto, existem boas práticas e cuidados que devem ser seguidos. A pulverização deve ser feita respeitando as orientações da bula do produto, Leis e normas de segurança.

Além disso, a utilização de defensivos agrícolas deve ser aliada a outros manejos para maior eficiência.

Nós da Petrovina Sementes estamos com o produtor rural em todas as etapas, seja com sementes da mais alta qualidade ou com informações precisas para a tomada de decisões. Queremos saber, ficou alguma dúvida sobre o uso de defensivos agrícolas? Manda para a gente!

Fonte: Aegro, Embrapa

De acordo com dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a produção de algodão no Brasil deve ultrapassar a norte-americana pela primeira vez na história. A expectativa é que a produção brasileira seja de 14,6 milhões de fardos na safra 2023/24.

Saiba mais acessando o portal Forbes Agro.

O PIB do agronegócio brasileiro deve crescer cerca de 35,9% em 2023, conforme dados do Cepea e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Só no primeiro semestre, o agronegócio injetou na economia do país cerca de R$ 1,35 trilhão, ante R$ 1,16 trilhão no mesmo período de 2022.

A soja e o milho foram os principais produtos que impulsionam esse crescimento. A safra de soja 2022/23 foi recorde, com uma produção de 154,6 milhões de toneladas. Já a safra de milho deve alcançar o volume de 131,8 milhões de toneladas, conforme estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Saiba mais acessando o portal Canal Rural.

Nos últimos anos, o produtor de soja aumentou a sua produtividade e reduziu custos. Conforme dados da Conab, na safra 2022/23, o Brasil produziu cerca de 154 milhões de toneladas e a previsão para o próximo ciclo é que sejam colhidas 162,4 milhões de toneladas.

Entretanto, ao mesmo tempo em que a produção cresce, também cresce a necessidade de cuidados com as pragas da soja.

O primeiro passo para se prevenir é conhecer as características e hábitos dessas pragas. Sendo assim, neste artigo levantamos as 6 principais pragas da cultura e melhores práticas para combatê-las.

Boa leitura!

Principais pragas da soja

Cascudinho-da-soja (Myochrous armatus)

Cascudinho-da-soja

Cascudinho-da-soja/Fonte: Embrapa

O cascudinho-da-soja tem ganhado destaque no campo nos últimos anos. O principal dano dessa praga é a redução do estande de plantas e, consequentemente, redução da produtividade, visto que o inseto ataca principalmente durante a fase inicial da cultura.

A larva vive no solo e se alimenta das raízes da planta. Já o inseto adulto ataca a base do caule, o que causa o tombamento e até a morte da plântula. Ou seja, o desenvolvimento da planta é comprometido.

Em menor escala, também podem ocorrer ataques em plantas mais desenvolvidas, nos pecíolos e nas hastes mais finas, que murcham e secam.

O monitoramento desse inseto ainda é um tema em estudo, mas medir o nível e proliferação por meio do pano de batida é uma ferramenta eficaz para identificar a praga na lavoura.

Por ser uma praga nova, ainda não existem inseticidas registrados específicos para o controle do cascudinho. Todavia, alguns princípios ativos demonstram bons resultados no controle do inseto e produtores estão adaptando doses e misturas. Lembrando que o manejo químico deve ser sempre realizado com o apoio de um profissional.

Nesse cenário, plantar sementes já tratadas é uma prática fundamental para proteger a cultura durante o estabelecimento do estande. Outra prática importante é o controle de plantas daninhas e tigueras, para assim, diminuir as opções de abrigo para a praga.

Lagarta-helicoverpa (Helicoverpa armígera)

Lagarta-helicoverpa

Lagarta-helicoverpa/Fonte: Embrapa

Não podemos deixar de citar a lagarta-helicoverpa. Ela vem chamando a atenção de produtores no Brasil desde que foi identificada na soja em 2013, apresentando alto poder de destruição e alta capacidade de reprodução.

Seu principal diferencial é a preferência por se alimentar pelas partes reprodutivas da planta, como flores e vagens, dessa forma, causando altos danos no potencial produtivo da lavoura de soja.

Existem dificuldades na identificação da lagarta-helicoverpa no campo, visto que ela se assemelha com outras espécies e sua coloração pode variar, indo de branco avermelhado ao verde. Para o seu controle, utilizar sementes com a tecnologia Bt é uma prática eficiente.

Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens)

Lagarta-falsa-medideira

Fonte: Embrapa

Conhecida por sua característica de se movimentar dobrando o copo, como se estivesse medindo em palmo, a lagarta-falsa-medideira possui a coloração verde clara, listras brancas e pontuações pretas.

O seu ataque na cultura da soja acontece principalmente na fase de reprodutiva do cultivo, podendo estar presente desde o desenvolvimento das primeiras folhas até o período de enchimento dos grãos. Dessa forma, ao se alimentar da folha, causa a desfolha, deixando por onde passa o aspecto rendilhado.

Além de realizar o monitoramento, plantar sementes com a tecnologia Bt também é eficaz para o controle da praga.

Mosca-branca (Bemisia tabaci)

Fase adulta da mosca-branca

Fase adulta da mosca-branca/Aegro

A mosca-branca uma praga polífaga, ou seja, se alimenta de diversas espécies de plantas, sendo a soja uma delas.

A praga é um inseto sugador que ao se alimentar da planta pode transmitir toxinas que impactam negativamente na produtividade e desenvolvimento vegetativo. No caso da soja, a mosca-branca transmite o vírus da necrose-da-haste, que pode causar o escurecimento das nervuras, queima do broto, vagens deformadas e grãos pequenos.

Doença causada pela mosca branca na soja

Necrose parcial à esquerda e total a direita/Embrapa

Além disso, essa praga libera substâncias açucaradas quando estão se alimentando, que favorecem o aparecimento do fungo fumagina de coloração escura, que recobre as folhas e dificulta o recebimento da radiação solar.

A eliminação de restos culturais e plantas daninhas que podem servir de hospedeiras, realização da rotação de cultura, controle biológico e controle químico com a rotação do princípio ativo são práticas eficientes para o controle e combate da mosca-branca.

Percevejo-marrom (Euschistus heros)

Diferentes fases do percevejo-marrom

Diferentes fases do percevejo-marrom/Fonte: Embrapa

O percevejo-marrom também entra na lista das principais pragas da soja, uma vez que a cultura serve como principal hospedeira para o inseto. Como o nome sugere, sua principal característica é a cor marrom uniforme, medindo cerca de 11 mm de comprimento.

Principais danos causados pela praga é o enrugamento dos grãos, devido a praga sugar a seiva das vagens, impactando diretamente na produtividade e qualidade dos grãos, podendo causar a retenção foliar.

Para o controle, é essencial o monitoramento e a rotação de defensivos, evitando a resistência da praga aos produtos utilizados, além do mais, o controle biológico também é uma opção.

Percevejo-barriga-verde (Diceraeus furcatus) e (Diceraeus melacanthus)

Diferentes fases do percevejo-barriga-verde

Diferentes fases do percevejo-barriga-verde/Fonte: Embrapa

O percevejo-barriga-verde tem se beneficiado com a oferta constante de alimento (ponte-verde) devido ao sistema de sucessão de cultivo soja-milho. A espécie D. melacanthus é mais comum na região norte do Paraná ao Centro-Oeste, enquanto a espécie D. furcatus está presente no sul do Brasil.

Na soja, a praga ataca as vagens, danificando os grãos, dessa forma, reduzindo o rendimento e qualidade da soja. Na fase vegetativa, a cultura demonstra tolerância ao ataque do percevejo, sendo desnecessário o controle com inseticidas nessa fase de desenvolvimento da lavoura. Inclusive, aplicações de químicos na fase vegetativa podem gerar insetos resistentes.

Para o controle da praga, fica em destaque:

  • Uso de sementes tratadas com inseticidas adequados;
  • Manejo de plantas daninhas para eliminar possíveis hospedeiros;
  • Uso racional de aplicações de químicos;
  • O controle biológico também vem demonstrando bons resultados.

Além do mais, pensando na ocorrência da praga no milho, é importante reduzir perdas durante a colheita da soja, pois grãos caídos no chão favorecem a proliferação do inseto na segunda safra.

O que essas pragas têm em comum?

Independente da praga que ataque uma lavoura, a melhor forma de manejo para a prevenção e combate é realizar o Manejo Integrado de Pragas (MIP).

Na prática, o MIP consiste em definir estratégia correta para cada cenário, levando em consideração fatores ecológicos, ambientais, sociais e econômicos. Os principais tipos de controle do Manejo Integrado de Pragas é o controle cultural, biológico, comportamental, químico e genético.

Isso tudo deve ser aliado à escolha de uma semente de qualidade para o plantio, protegida e resistente às principais pragas que atacam a cultura e inseticidas do mercado.

Gostou do conteúdo? Nós da Petrovina Sementes trabalhamos para o produtor rural ser o melhor e ser o primeiro, seja levando sementes do mais alto poder produtivo para o campo, seja levando informações precisas para a tomada de decisões.

Fonte: Embrapa, Aegro, Conab, Revista Cultivar

 

A expectativa é que a produção de soja na América do Sul seja de 231,28 milhões de toneladas na safra 23/24, volume que representa um aumento de 20% em comparação com a safra anterior, quando a produção foi de 192,10 milhões de toneladas.

Em área de plantio, a previsão é de um crescimento de 7%, devendo ficar em 68,26 milhões de hectares.

As informações são do levantamento da Datagro Grãos.

Saiba mais acessando o portal Canal Rural.

No mês de agosto, o Brasil exportou 9,32 milhões de toneladas de milho. Desse volume, cerca de 5,08 milhões de toneladas saíram do Mato Grosso, representando cerca de 54,47% do total da exportação nacional.

Em comparação ao mês de julho, Mato Grosso registrou um crescimento de 75,19% nas exportações. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento é de 9,43%.

Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), trazidos pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Saiba mais acessando o portal Canal Rural.

Dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) apontam que as exportações brasileiras de produtos do agronegócio atingiram o montante de US$ 15,63 bilhões em agosto. O valor representa um crescimento de 6,6%. O número de exportações agrícolas representa 50,04% do total exportado pelo Brasil.

Safra recorde de grãos de 2022/23 elevou a capacidade de exportação do país, o recuo dos preços internacionais dos alimentos também contribuiu para o resultado das exportações em agosto.

Os produtos agrícolas que ficaram em destaque foram o milho, a soja em grãos, o farelo de soja, o açúcar e a carne de frango in natura, conforme informações da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais.

Saiba mais acessando o portal Canal Rural.

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