Pense no seguinte cenário: você escolheu e plantou uma semente de milho da melhor qualidade, tomou todos os cuidados para o plantio e realizou todos os manejos indicados. Sendo assim, não vai correr o risco de tomar prejuízo na hora da colheita, não é mesmo?

Pensando nisso, neste artigo vamos abordar como as perdas podem acontecer e como evitá-las, para assim, você ter o melhor rendimento da sua lavoura.

Perdas na colheita de milho: como acontecem?

Para se precaver e garantir os melhores resultados na hora de colher é preciso entender quando e como as perdas podem acontecer. Abaixo estão listados alguns pontos ligados às perdas na produção e produtividade na hora da colheita.

  • Regulagem incorreta da colheitadeira;
  • Cultivar inadequada para a região;
  • Atraso na colheita;
  • Umidade elevada.

Como evitar as perdas?

Faça um planejamento

Antes de qualquer coisa, faça um planejamento estratégico. Coloque na ponta do lápis os pontos importantes que vão guiar o seu trabalho.

  • Qual o ciclo do híbrido que plantei?
  • Quantos dias vou precisar para colher toda a área? Quantas horas por dia de trabalho?
  • Tenho mão de obra disponível?
  • Quais e quantas colheitadeiras/máquinas eu tenho? Vou precisar alugar?
  • Qual a previsão climática para o período?
  • Vou precisar estocar grão?
  • Como vou transportar?

Uma colheita bem planejada é fundamental para resultados de alto rendimento no campo.

Faça a colheita na hora certa

A colheita do milho acontece normalmente entre 120 e 180 dias após o plantio, o que pode variar de acordo com o híbrido plantado e destino do produto.

Para a produção de grãos, a colheita deve ocorrer após a espiga atingir a maturidade fisiológica.

Folhas amareladas e o grão com o máximo de matéria seca indicam que a lavoura está com espigas maduras.

Um aspecto importante é a umidade, visto que colher o grão com alto teor de umidade pode causar danos mecânicos, além do mais, dificulta a debulha.

De acordo com a Embrapa, o ideal é que a colheita seja realizada quando a umidade do milho estiver em torno de 14%, ponto seguro para o armazenamento.

Em situações em que seja necessária a antecedência na colheita e exista estrutura adequada para a secagem de grãos, o milho pode ser colhido com a umidade entre 18% e 28%.

É importante destacar que o indicado é realizar a colheita assim que possível, pois quanto mais tempo a planta ficar no campo, mais tempo fica vulnerável à diversos fatores, como fortes vento, chuvas e ataque de pragas.

Sendo assim, para garantir os melhores resultados, a colheita tem o momento ideal para acontecer.

Muito cedo, a umidade está alta, aumentando as chances de danos mecânicos. E com atraso na colheita, a lavoura fica exposta por mais tempo, correndo o risco de ocasionar “grãos ardidos”.

Regule corretamente o maquinário

Para evitar perdas na hora da colheita é fundamental realizar a regulagem correta das colhedoras. Sendo o cilindro/rotor de barras o certo para colher o milho.

Em colhedoras automotrizes, quando os grãos são colhidos com a umidade entre 13% e 14%, o indicado é que a rotação do cilindro/rotor seja de 400 até 600 rpm.

Caso o grão esteja com a umidade mais elevada, entre 14% e 20%, a rotação do cilindro também precisa aumentar, ficando em cerca de 550 a 800 rpm.

Ou seja, quanto maior o teor de umidade, maior precisa ser a velocidade de rotação. Isso acontece porque, quanto mais úmidos estão os grãos, maior a dificuldade para a debulha.

Entretanto, quanto maior a rotação do cilindro/rotor, maior o risco de perdas por danos mecânicos nos grãos. Fato que reforça a importância do planejamento para colher na hora certa e com o maquinário regulado corretamente.

Conclusão

A produção e exportação de milho vem crescendo a cada ano no Brasil, mas junto com o crescimento da cultura, crescem também os desafios para o cultivo.

Neste artigo mostramos os principais motivos das perdas na colheita e algumas dicas para alcançar resultados de qualidade em sua lavoura de milho.

Acompanhe sempre no blog da Petrovina Sementes informações e orientações precisas para você ser o melhor e ser o primeiro em seus negócios no campo! 🌱🌽

Fonte: Embrapa, Aegro

 

O Brasil pode superar os Estados Unidos e se tornar o maior exportador de milho do mundo, conforme dados da Associação Nacional dos exportadores de Cereais (Anec).

A expectativa é que o Brasil exporte cerca de 50 milhões de toneladas neste ano de 2023, enquanto o país norte-americano deve vender para fora 48,897 milhões de toneladas de milho.

Saiba mais acessando o portal AGROLINK.

Nos últimos anos a cigarrinha do milho tem ganhado destaque entre os produtores rurais devido o seu potencial de dano nas lavouras de milho, principalmente por ser um inseto-vetor de doenças.

No Brasil, o milho é o único hospedeiro conhecido da cigarrinha, apesar do inseto poder utilizar outras culturas, como sorgo, trigo e brachiaria para alojamento. O clima tropical brasileiro é considerado favorável para o seu desenvolvimento, além do mais, a cigarrinha do milho vem sendo favorecida pelo plantio de milho safrinha.

Pensando no impacto que a cigarrinha do milho tem causado nos trabalhos do campo, neste artigo vamos abordar sobre os danos causados por esta praga, como identificar o inseto e principais formas controle.

Como a praga ataca a lavoura?

O dano ocasionado pela cigarrinha do milho acontece forma indireta, visto que o inseto é vetor de transmissores de três doenças sistêmicas: o enfezamento pálido, enfezamento vermelho e a risca do milho ou raiado fino.

Plantas do milho com enfezamento pálido (esquerda) e enfezamento vermelho (direita), , doenças causadas pela cigarrinho-do-milho. Fonte: Embrapa

Plantas do milho com enfezamento pálido (esquerda) e enfezamento vermelho (direita). Fonte: Embrapa

A transmissão das doenças começa quando a cigarrinha se alimenta da seiva de uma planta de milho doente e adquire os Molicutes (causador dos dois tipos de enfezamentos) ou o Marafivirus (causador da doença de risca do milho), classe de bactéria e vírus, respectivamente, que de fato causam as doenças. Dessa forma, as glândulas salivares da cigarrinha do milho são infectadas com as bactérias ou vírus e a próxima vez que for se alimentar, transmite os patógenos para as plantas sadias de milho.

Sintomas de risca do milho ou raiado fino. Fonte: Embrapa.

Sintomas de risca do milho ou raiado fino. Fonte: Embrapa.

As doenças sistêmicas transmitidas pela cigarrinha do milho podem ocasionar:

  • Redução da absorção de nutrientes pela planta;
  • Espigas menores e improdutivas;
  • Má formação dos grãos e da própria planta;
  • Geminação de multi-espigamento;
  • Altas perdas de produtividade.

Lembrando que a cigarrinha do milho tem preferência por plantas jovens, atacando principalmente durante a fase de estabelecimento da cultura.

Como identificar a cigarrinha do milho

Quanto antes identificar a cigarrinha do milho na lavoura, mais cedo é possível iniciar os manejos contra as possíveis doenças.

Dessa forma, é importante conhecer as características físicas da praga para a identificação. A cigarrinha adulta mede cerca de 3,7 a 4,3 mm de comprimento, as fêmeas normalmente são maiores que os machos. Podem apresentar a coloração branco-palha, até levemente acinzentada, com duas manchas pretas na cabeça e asas semitransparentes.

Cigarrinha do milho, Dalbulus maidis. Fonte: Embrapa.

Cigarrinha do milho, Dalbulus maidis. Fonte: Embrapa.

Os ovos medem em torno de 1mm e tem a coloração esbranquiçada. O ciclo de vida da cigarrinha (do ovo até a fase adulta) dura cerca 45 dias, considerando as condições ideais de temperatura entre 25° até 32°C.

Condições que favorecem a incidência da cigarrinha do milho

Alguns fatores favorecem a incidência e danos causados pela cigarrinha. Um fator significante é a ocorrência de muitas lavouras de milho de diferentes idades em uma mesma área, levando a sobreposição dos ciclos das plantas, favorecendo a multiplicação das cigarrinhas e migração do inseto de plantas adultas para plantas em estágios iniciais de desenvolvimento, visto que, como já mencionado, a cigarrinha prefere plantas jovens.

Outro ponto é a condição climática. Temperaturas elevadas, acima de 17°C a noite e de 27°C de dia, favorecem a multiplicação mais rápida das bactérias e vírus transmissores das doenças, tanto nas plantas doentes quanto nas cigarrinhas.

Além do mais, é necessário se atentar ao nível de suscetibilidade e resistência da cultivar de milho plantada.

Manejos adequados para o controle

Existem práticas que contribuem para o controle preventivo e corretivo das doenças transmitidas pela cigarrinha do milho em uma lavoura, sendo elas:

  • Eliminação do milho tigueira (voluntário), que se comportam como planta daninha e ponte verde para a cigarrinha;
  • Plantar sementes tratadas com inseticidas; gerando plantas resistentes às doenças transmitidas pelas cigarrinhas;
  • Caso ocorrer a infestação, evitar semeaduras vizinhas às lavouras atacadas;
  • De acordo com a incidência da praga, planejar a aplicação de inseticidas;
  • Rotacionar cultivares de milho entre uma safra e outra.

Conclusão

A cigarrinha do milho é um dos muitos desafios que o produtor rural enfrenta na hora de produzir no campo. Por isso, saber identificar o inseto e conhecer as principais doenças provocadas é fundamental para um controle eficaz da praga e garantir a máxima produtividade possível.

Fonte: Embrapa

O milho começou 2023 com um forte movimento nas exportações. Nas duas primeiras semanas do ano o país já embarcou cerca de 2,95 milhões de toneladas. O número supera o volume exportado em todo o mês de janeiro de 2022, quando as exportações alcançaram 2,73 milhões de toneladas.

Saiba mais acessando o portal Canal Rural.

Produtores rurais estão sempre em busca para fechar os melhores negócios no mercado e para isso, entender como o mercado funciona é fundamental. Pensando nisso, trazemos neste artigo os principais fatores que fazem os preços da soja e do milho flutuarem no mercado nacional. 

Oferta e demanda

Como em qualquer mercado, a oferta e demanda impactam diretamente nos preços da soja e milho. Dessa forma, quanto maior a expectativa de oferta de grãos, a tendência é os preços baixarem, visto que a concorrência no mercado é maior, existindo mais opções para os compradores e maior urgência de escoar a produção por parte dos produtores.

Pensando nisso, relatórios com estimativas de área plantada, volume de produção e produtividade são feitos com o objetivo de projetar a oferta futura de grãos no mercado.

Em relação a demanda, funciona com lógica parecida. Quando a demanda está alta, ou seja, quando a quantidade em que o consumidor está interessado em adquirir for grande, o mercado trabalha com preços maiores.

Para ficar claro, podemos citar o impacto da política “Covid Zero” da China ao longo do 2022. O país é considerado o principal comprador do mundo, mas as restrições rígidas para o combate da Covid-19 diminuíram as compras chinesas de grãos, dessa forma, diminuindo a demanda global e levando a queda nos preços da soja e milho nos períodos de maior restrição.

Além disso, a soja e o milho são matérias primas para a produção de produtos de diversos seguimentos – óleo de soja, biocombustíveis, ração animal, etc -. Conforme a demanda por esses produtos aumentam, a tendência é o preço da soja e milho também subirem.

Bolsa de Chicago (CBOT)

Na Bolsa de Chicago ou CBOT, nos Estados Unidos, são negociados diariamente os maiores contratos futuros de commodities do mundo. Dessa forma, a CBOT se tornou referência mundial para a formação de preços das principais commodities agrícolas.

Entenda melhor o funcionamento e a história da Bolsa de Chicago lendo o artigo Bolsa de Chicago: o que é e importância para o produtor.

Clima

O clima sempre é motivo de atenção por parte do produtor, sendo uma variável que não é possível controlar e impacta a produtividade da lavoura. Ou seja, o volume de chuva e temperatura afetam na oferta de soja de milho, que por sua vez, movimentam os preços na hora da venda.

Um exemplo é a ocorrência do fenômeno La Niña que altera a temperatura e distribuição de chuvas ao redor do globo. Nas últimas safras – 2020/2021 e 2021/22 – foram registradas perdas na Argentina e sul brasileiro devido ao tempo seco, acarretado pelo La Niña. Dessa forma, diminuindo a oferta e aumentando os preços.

Lembrando que, não é possível controlar as condições climáticas, mas o avanço tecnológico permite previsões climáticas cada vez mais precisas, possibilitando que o produtor acompanhe as projeções para o clima e tome as melhores decisões para o seu negócio.

Informação se tornou insumo agrícola

Podemos dizer que informações sobre o campo e tendências de mercado se tornaram insumos agrícolas para o produtor rural. Pois, compreendendo como as engrenagens do agronegócio funcionam, é possível tomar decisões assertivas e fechar negócios de qualidade. 

Apesar da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduzir a sua projeção de exportação de milho para dezembro, passando de 6,579 milhões de toneladas para 6,191 milhões de toneladas em seu último boletim, os números ainda são mais altos ante ao ciclo passado.

No total, a exportação de milho para 2022 ficou estimada em 43,528 milhões de toneladas. O número representa um crescimento de 111% no volume em relação as 20,614 milhões de toneladas exportadas em 2021.

Saiba mais acessando o portal Canal Rural.

A safra de milho 2021/22 foi marcada por recorde em Mato Grosso. No total, foram colhidas 43,84 milhões de toneladas do cereal, ultrapassando a produção de soja no estado. Além disso, os preços seguiram em altos patamares devido a forte demanda e oferta restrita no mercado mundial. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Para 2022/23, a expectativa é que o cenário continue caminhando em ritmo de novos recordes, com a produção de milho podendo chegar a 46,41 milhões de toneladas.

Saiba mais acessando o portal Canal Rural.

Brasil fecha setembro com recorde em exportação de milho, enviando ao exterior 6,78 milhões de toneladas milhões de toneladas do cereal. O volume ultrapassa o último recorde para setembro, que foi em 2019, com 6,44 milhões de toneladas de milho embarcados. 

Ao todo, de janeiro a setembro de 2022, já foi exportado 24,68 milhões de toneladas.

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